Estava ela ajoelhada e olhou para o mar, além de conchas ela podia ver pequeninas pedras que corriam entre as conchas e juntavam-se ao mar, para novamente brincar. Pensando bem, ela estava no melhor lugar do mundo, ao que se possa imaginar nada estava além daquilo que seus olhos alcançavam. Se havia medo, era do desejo. Se havia medo, era do novo. Se havia medo, ela não morreria. Por isso o medo era o consolo, o consolo de uma vida inteira. Ela sabia que mesmo a vida inteira teria medo, mas ela não sabia que de medo a vida vivia pairando. No desalento, no desconsolo, no descortinar. Ela olhou para frente e o que podia ver eram as aves, as mais belas que seus olhos viram, não porque naquele dia estava acordada, mas porque naquele dia havia se acordado nela um desejo secreto de rever a vida, sem MEDO. O medo sabia se alojar no lugar mais recôndito daquele ser, e ela sabia que nada daquele medo passaria antes de o medo saber que ela sabia de sua existência. Ela travou conversa, de forma singela, para que o medo não se assutasse e se escondesse longe. Ele não se escondeu, para grande espanto e surpresa, ele não se escondeu, e foi além disso, ele dividiu com aquele ser, por hora escondido do medo, que o medo nada mais é do que a incerteza dos desejos. Ela olhou para suas mãos, olhou para o mar enorme e silencioso,olhou para as pequenas pedrinhas e viu que o medo das pedras estava em não poder participar do mar, por isso cada pedra corria ao encontro do mar para com ele poder brincar. No acalento daquelas palavras ela percebeu que daquele dia, e para todos os dias de sua vida, ela cuidaria de seus desejos como se fossem pequenas pedras querendo brincar com o mar.
terça-feira, 11 de novembro de 2008
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2 comentários:
como diz caetano, vc é linda, tu isso é lindo!!!
gostei muito disso, já te falei ^^
beijooooos minha clown's teacher uhauha
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